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ILPI e a dignidade do Idoso

O CVPI já nasceu ILPI (Instituição de Longa Permanência para Idosos) há trinta anos não só na arquitetura, mas também no que diz respeito aos procedimentos. Desde a concepção mental dos idealizadores, Centro Vivencial era algo que proporcionaria dignidade, autonomia e liberdade à pessoa idosa institucionalizada.


Criam que a compaixão precisa ser acompanhada de honestidade e credibilidade, direitos e deveres, mas principalmente gostar de fazer, ou melhor, amar o que fazer.


Tudo pode ser tirado de uma pessoa, exceto uma coisa: a última das liberdades humanas – escolher a sua atitude em um determinado conjunto de circunstancias, escolher seu próprio caminho, diz Viktor Frankel, psicólogo alemão.


Agir com justiça para com Deus é chamado de religião; agir com justiça para com outros seres humanos é chamado compaixão ou humanidade.

Conciliar direitos e compaixão é um grande desafio para a ILPI. Como proporcionar dignidade ao idoso institucionalizado, cidadão de direitos, sem massificar procedimentos de AVDs (Atividades da Vida Diária) e principalmente de AIVDs (Atividades Instrumentais da Vida Diária). Como preservar individualidade sem ferir individualismo ou vice versa, com integridade ?


O processo de institucionalização da pessoa idosa não pode se constituir num procedimento decisório último, definitivo, terminal. Tudo pode ser tirado do ser humano, menos a sua liberdade de escolha, mesmo que venha a se constituir em atitude indispensável.


ILPI não é aparelho social moderno tipo asilar. Nada pode igualar o passado da velhice com o processo de envelhecimento moderno, a não ser no exercício da compaixão da qual são merecedores muitos asilos filantrópicos religiosos.


O aparato tecnológico necessário para os procedimentos que são exigidos na gestão eficaz e eficiente da ILPI, deve conferir um caráter profissional coletivo e individual aliado à capacidade funcional dos envolvidos transformado em ambiente domiciliar equipado de especificidades as mais diversas.


Ainda enfrentamos barreiras culturais e históricas quando se trata de institucionalizar alguém, principalmente idoso.


A creche é muito melhor aceita pela sociedade moderna do que a ILPI. É certo que, num país como o Brasil que não tem a cultura social de se preparar para a velhice, quando ela chega, as dificuldades e exigências que ela traz no seu bojo, são assombrosas para as famílias.


Concordamos que a institucionalização não é panaceia social. Ela precisa estar acompanhada do que é natural a todo ser vivo – a família.


A ILPI é local de ambiente domiciliar aparelhado para atender fragilidades; especificidades que exigem capacitação profissional aliada a humanidades.


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